— Liberdade, que
estais no céu... Rezava
o padre-nosso que sabia, A
pedir-te, humildemente, O
pio de cada dia. Mas
a tua bondade omnipotente Nem
me ouvia.
—
Liberdade, que estais na terra... E
a minha voz crescia De
emoção. Mas
um silêncio triste sepultava A
fé que ressumava Da
oração.
Até
que um dia, corajosamente, Olhei
noutro sentido, e pude, deslumbrado, Saborear,
enfim, O
pão da minha fome. —
Liberdade, que estais em mim, Santificado
seja o vosso nome.
Publicada no Blog “Caricaturas do Centenário” em 25-05-2011
A Vantagem do Esquecimento
O esquecimento não é só umavis inertioe, como crêem os espíritos superfinos; antes é um poder activo, uma faculdade moderadora, à qual devemos o facto de que tudo quanto nos acontece na vida, tudo quanto absorvemos, se apresenta à nossa consciência durante o estado da «digestão» (que poderia chamar-se absorção física), do mesmo modo que o multíplice processo da assimiliação corporal tão pouco fatiga a consciencia. Fechar de quando em quando as portas e janelas da consciência, permanecer insensível às ruidosas lutas do mundo subterrâneo dos nossos orgãos; fazer silêncio e tábua rasa da nossa consciência, a fim de que aí haja lugar para as funções mais nobres para governar, para rever, para pressentir (porque o nosso organismo é uma verdadeira oligarquia): eis aqui, repito, o ofício desta faculdade activa, desta vigilante guarda encarregada de manter a ordem física, a tranquilidade, a etiqueta. Donde se coligue que nenhuma felicidade, nenhuma serenidade, nenhuma esperança, nenhum gozo presente poderiam existir sem a faculdade do esquecimento.
Leal daCâmara. “O Bacôco”. Revista “A Corja!”, 1898
(Umacoisa utópica que os governantes fazem de conta que cumprem assobiando para olado. Esquecem, cada vez que tomam posse, que juram cumprir a Constituição daRepública e não apenas aquilo que mais jeito lhes dá.
E está àvista de todos, até dos que preferem enterrar a cabeça na areia, na esperançavã de que o mundo esteja direito quando a desenterrarem, que se faz tábua rasada Lei Fundamental.)
Combater a Opressão
O homem,enquanto ser social, só se realiza plenamente quanto inserido numa determinadacomunidade política.
E estaintegração, pressupondo a interiorização consciente ou inconsciente de umconjunto de regras sociais, exige que o conceito de cidadania se estabeleçacomo primeiro tecido constituinte da natureza humana no cumprimento dosdireitos e deveres a que cada indivíduo está socialmente obrigado.
A estepropósito, se é particularmente sugestiva a aproximação etimológica que esteconceito estabelece com os vocábulos latinos civis (civil ou cidadão) ecivitate (cidade), dado que identifica de forma imediata a realidade dacidadania na relação do indivíduo à cidade; não deixa de ser igualmentesignificativo o paralelo que se pode estabelecer com os conceitos correlativosde origem grega: politês (político) e polis (cidade). Pois, se a polis grega éa civitate latina e se o politês grego é o civis latino, então o homem,enquanto ser social, é imediatamente um ser político. Tal é o significado e aamplitude da definição aristotélica: zoon politikon.
Ora, seos conceitos de cidadão e de político são duas noções etimologicamentepróximas, cada indivíduo, quando inserido numa determinada comunidade, temresponsabilidades acrescidas no estabelecimento do bem-comum. Pois, a cidadaniaimplica não só compreensão dos direitos e deveres de cada indivíduo, enquantocidadão, mas também a exigência de os colocar em prática na praxis social.
É certamente admirável o homem que se opõe a todas as espécies deopressão, porque sente que só assim se conseguirá realizar a sua vida, só assimela estará de acordo com o espírito do mundo; constitui-lhe suficienteimperativo para que arrisque a tranquilidade e bordeje a própria morte opensamento de que os espíritos nasceram para ser livres e que a liberdade seconfunde, na sua forma mais perfeita, com a razão e a justiça, com o bem; aexistência passou a ser para ele o meio que um deus benevolente colocou ao seudispor para conseguir, pelo que lhe toca, deixar uma centelha onde até aíapenas a treva se cerrara; é um esforço de indivíduo que reconheceu o caminho aseguir e que deliberadamente por ele marcha sem que o esmoreçam obstáculos ou ointimide a ameaça; afinal o poderíamos ver como a alma que busca, após uma lutade que a não interessam nem dificuldades nem extensão.
Celebra-se a 10 de Junho, data da morte do poeta Luís Vaz de Camões, além do dia do poeta autor de “Os Lusíadas”, o Dia de Portugal e também das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo.
Camões representa o génio da pátria e da língua portuguesa, sobretudo devido à forma esplendorosa como descreveu a História dos Portugueses n’ Os Lusíadas.
Nesta comemoração alia-se a portugalidade com o génio do poeta e com o espírito aventureiro dos portugueses, que, tal como nos tempos da expansão marítima, de grandiosidade portuguesa, em que Portugal “deu mundos ao mundo”, continuam espalhados pelos vários continentes, levando consigo o saber, a língua, a cultura e as raízes nacionais. Esses portugueses “dos quatro cantos do mundo” são deveras importantes para a expansão da importância de Portugal, daí a justiça da associação das Comunidades Portuguesas ao feriado que comemora o dia de Portugal e de Camões.
O ler das palavras que explicam a data que se celebra colocaram-me no momento actual a reler o'Discurso do Método'… a dúvida metódica está presente…sou um Português que sente.
Penso, logo Existo
De há muito tinha notado que, pelo que respeita à conduta, é necessário algumas vezes seguir como indubitáveis opiniões que sabemos serem muito incertas, (...). Mas, agora que resolvera dedicar-me apenas à descoberta da verdade, pensei que era necessário proceder exactamente ao contrário, e rejeitar, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não ficaria qualquer coisa nas minhas opiniões que fosse inteiramente indubitável.
Assim, porque os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, eu quis supor que nada há que seja tal como eles o fazem imaginar. E porque há homens que se enganam ao raciocinar, até nos mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, rejeitei como falsas, visto estar sujeito a enganar-me como qualquer outro, todas as razões de que até então me servira nas demonstrações. Finalmente, considerando que os pensamentos que temos quando acordados nos podem ocorrer também quando dormimos, sem que neste caso nenhum seja verdadeiro, resolvi supor que tudo o que até então encontrara acolhimento no meu espírito não era mais verdadeiro que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessáriamente era alguma coisa. E notando esta verdade:eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar, julguei que a podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava.
Os pobres e o dinheiro (lotaria do estado) - Vincent Van Gogh
Há uma ligação muito estreita entre a adoração da acção e o uso do homem como meio de atingir fins que não são o homem. Como há uma ligação aproximada entre este desespero e a acção, entre a razão e a acção. A proeminência dos valores da acção sobre os da contemplação indica, sobretudo, que o homem abandonou totalmente a busca duma ideia aprazível do homem e o desejo de o colocar como fim. E que na impossibilidade de agir segundo um fim, ou de agir para ser homem, ele decide agir de qualquer maneira, apenas para agir.
O homem de acção é um desesperado que procura preencher o vazio do seu próprio desespero com actos ligados mecanicamente uns aos outros e compreendidos entre um ponto de início e um ponto de conclusão, ambos gratuitos e convencionais. Por exemplo, entre o ponto de início da fabricação dum automóvel e o ponto de conclusão dessa fabricação. O homem de acção suspenderá o seu desespero enquanto durar a fabricação do veículo; suspendê-lo-á precisamente porque no seu espírito fica suspensa qualquer finalidade verdadeiramente humana: sente-se meio entre os outros homens, meios como ele. Concluída a máquina ele encontrar-se-á, é verdade, mais inerte e exânime que a própria máquina, mas arrolhará subitamente com uma promoção, com uma medalha, um pagamento a dobrar, ou simplesmente com a construção de um novo automóvel. Efectivamente apresentar-se-á a envolver-se no fluxo alienatório da acção.
E TENDE A SUBSTITUI-LA POR OUTRA COISA, QUE ELA AINDA NÃO DEFINIU BEM A SI PRÓPRIA.»
Artigo de Eça de Queirós publicado anonimamente na «Revista de Portugal», publicação editada no Porto, mas que Eça dirigia desde Paris. Este artigo foi atribuído durante muito tempo a Oliveira Martins, mas Ernesto Guerra da Cal comprovou a existência do manuscrito original autógrafo.
Neste artigo, Eça afirma que, com a crise política provocada pelo Ultimato britânico de 1890, a população portuguesa passou a pensar que «antes qualquer outra coisa do que o que está». O problema era saber o que era esta «outra coisa». Um governo autoritário, com base no exército, parecia improvável. Então o que se perfilava no futuro parecia ser ou uma «revolução feita de cima, uma concentração de força na Coroa ... que não seria compreendida pela Nação», ou uma revolução vinda de baixo - a República, que para Eça «seria a confusão, a anarquia, a bancarrota.»
Acabava então perguntando, não apresentando naturalmente uma solução:
- «Que resta pois? Resta, como esperança, o sabermos que as nações têm a vida dura, e que o nosso Portugal tem a vida duríssima.» Sabendo que «entre nós têm-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito, errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema.»
A história veio comprovar que Eça de Queirós para além de ser um grande escritor, assim como um grande jornalista, como Filomena Mónica salientou, foi também um grande analista político. Este artigo previu os 40 anos seguintes. O reforço do poder real, com a «ditadura» de João Franco, apoiada por D. Carlos; a revolução republicana, que se tornou a anarquia que o autor previu, e a solução militar que era a menos previsível em 1890, mas que foi a que se mostrou a mais duradoira existindo durante 50 anos, de 1926 a 1976.
Todas as coisas «boas» foram noutro tempo más; todo o pecado original
veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um
atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência
de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos
velhos costumes, conserva o jus primae noctis). Os sentimentos doces,
benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os «valores por
excelência»; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual
da brandura, como agora da dureza. A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as
raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem
ao direito! O «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um
crime; foi instituído com violência e opróbio.
Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe
muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o
movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto hoje nos
pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: «Nada custou mais caro do
que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos envaidece». Esta mesma
vaidade nos impede de considerar os períodos imensos da «moralização dos
costumes» que precederam a história capital e foram a verdadeira história, a história
capital e decisiva que fixou o carácter da humanidade. Então a dor passava por
virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão por virtude, e o bem-estar
passivo por perigo, o desejo de saber por perigo, a paz por perigo, a
misericórdia por opróbio, o trabalho por vergonha, a demência por coisa divina,
a conversão por imoralidade e a corrupção por coisa excelente.
Recordar a "Revolução dos Cravos", passo a passo, como se
estivesse a acontecer hoje, é uma iniciativa que a Universidade de Coimbra (UC)
vai pôr em prática durante 24 horas, convidando os cidadãos a acompanhá-la pela
rede social "facebook".
A iniciativa "De 24 para 25 de Abril - emissão histórica em
direto" inicia-se às 22 horas do dia 24 e prolonga-se até à noite de 25, e
quem quiser acompanhá-la apenas terá de se conectar no endereçohttps://www.facebook.com/cd25a, do Centro de
Documentação 25 de Abril da UC.
"No fundo é pegar na ideia mais ou menos conhecida da iniciativa do
Orson Welles com a guerra dos mundos. No caso do Orson Welles, foi recriada uma
chegada à terra dos marcianos, no nosso caso é uma tentativa de recuperar o
tempo e colocar [no 'facebook'], como se estivesse a acontecer, um conjunto de
factos que já foram vividos há 38 anos", explicou à agência Lusa o
responsável daquele centro.
Segundo Rui Bebiano, com esta iniciativa pretendeu-se "fazer
diferente" da "forma ritualizada" de evocação da revolução
democrática de 1974, que "muitas vezes já não é compreendido pelas pessoas
mais jovens".
Utilizando o acervo disponível no Centro de Documentação 25 de Abril, os
cidadãos vão poder acompanhar a revolução à imagem do que se viveu nos seus
bastidores, podendo ter acesso aos planos militares, documentos, fotos, sons e
vídeos.
"Vão ser 24 horas muito preenchidas. Várias vezes em cada hora,
teremos sempre factos, acontecimento e episódios a contar", afirma Rui
Bebiano.
Com base no registo militar das operações no Posto de Comando do Movimento
das Forças Armadas (MFA), propõe-se uma viagem no tempo - em tempo real -
através da publicação dos registos de informação provenientes das chamadas
telefónicas escutadas e recebidas através do sistema de comunicações instalado
no Posto de Comando do Movimento, explicam os promotores.
A iniciativa começa às 22 horas de dia 24 de abril, altura em que, há 38
anos, os seis oficiais já estavam no Regimento de Engenharia 1 no Quartel da
Pontinha onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de
Comando do Movimento.
Tanto conversas intercetadas nas redes militares usadas pelas unidades
afetas ao regime, como as conversas telefónicas efetuadas pelas unidades
envolvidas no MFA, bem como os vários momentos marcantes desse dia serão
divulgados, ao longo de 24 horas, numa cronologia em tempo real.
A principal fonte usada é o documento de 52 páginas que Lopes Pires, um dos
oficiais presentes, confiou ao Centro de Documentação 25 de Abril. Desse
documento e de uma entrevista coletiva aos "capitães" Amadeu Garcia
dos Santos, Hugo dos Santos, José Eduardo Sanches Osório, Nuno Fisher Lopes
Pires, Otelo Saraiva de Carvalho e Vítor Crespo, resultou o livro "A Fita
do Tempo da Revolução, A noite que mudou Portugal".
Para Rui Bebiano, esta iniciativa visa ainda alargar o número das pessoas
que se possam interessar pelas atividades do Centro de Documentação 25 de Abril
e, numa altura de crise, evidenciar que em qualquer situação histórica, de
forma coletiva, é possível resolver as dificuldades.
…as ruínas do Partenon representam o maior símbolo da democracia moderna.
A igreja e o protesto
Por BAPTISTA-BASTOS Diário de Noticias - 18-04-2012
A desagregação da democracia portuguesa está em marcha, e não me parece que haja grande sobressalto cívico. Cada vez ficamos mais pobres, e não só na razão da subsistência. Os intelectuais abandonaram a força propulsora que os distinguiu e caracterizou como referência moral, cedendo a uma série de intermediações que os bajula, e afasta do seu papel fundamental. A Igreja Católica (talvez alertada por perder prosélitos) dá tímidos sinais de que esta política conduz a uma forma cruel de desapropriação e cria formas assustadoras de dependência. Uma carta da pastoral do Ensino ao ministro Nuno Crato (ex-militante da extrema-esquerda, fascinado pelas sereias do "mercado") adverte que, por este caminho, só os filhos dos ricos poderão aceder aos estudos universitários. Entretanto, por dificuldades de toda a ordem, seis mil alunos do Superior abandonaram as aulas. O Governo de Passos Coelho, em dez meses, criou a desmesura obscena de uma desigualdade a qual não passa de derivação perversa de outra, das muitas expressões do fascismo. Não tenhamos medo das palavras. A democracia de superfície, ou a deformação do próprio conceito, tornou-se numa banalidade que não vejo analisada pelos historiadores e sociólogos portugueses. A inocência corrompida da Igreja, sacudida pela necessidade de cuidar das coisas terrenas, resultou, por tardia, no abandono de milhões dos seus crentes. A especificidade contemporânea do mal alastrou-se com o advento do neoliberalismo e na transformação do trabalhador num mero objecto destinado a obter o rendimento máximo. Frequentemente, a Igreja cedeu a vez e calou a voz, sem qualquer outra consideração que não fosse a "defesa do sagrado", em detrimento do factor humano. Este documento agora dirigido ao ministro Crato surge depois de protestos de professores, de pais e de responsáveis de educação terem expresso um generalizado descontentamento. Não se trata de paradoxos éticos do "mercado." O que nos está a atingir, a sufocar e a empobrecer é um programa ideológico muito bem pensado e organizado, que tem conseguido fascinar as suas próprias vítimas. Quando o prof. Medina Carreira chama a atenção pela qualidade da manipulação a que somos submetidos, consideram-no "catastrofista"; mas a verdade é que ele se tornou praticamente no único a desmontar a armadilha montada contra nós.
No segundo edifício, a contar do lado direito, no 1º andar e janela do lado direito, foi o local onde frequentei a 3ª Classe. Recordo-me que foi com uma Professora, mas esqueci por completo o nome da senhora.
O único facto, passado na escola, referente a esta época e que me recorda são umas célebres aulas de trabalhos manuais com barro das quais siamos todos sujos por atiramos com o barro uns aos outros… mas a olaria perto da escola onde íamos buscar o barro tem para mim, o recordar ter conhecido o dono, o pai do Padre António Emílio, um homem que pelo seu trato me ficou na memória,
O prédio, tinha no outro topo da Praça o Cine – Teatro Pinheiro Chagas, e o ambiente que vêm na fotografia, o mercado do peixe povoado pelos vendedores e compradores, é o que via quando passava para Escola.
- Fiz uma pré-primaria até aos sete anos de idade, mais ou menos frente ao ERO edifício prédio do Crespo, davam aulas duas Professoras Primárias particulares, a D. Rosa e a sua filha Alicinha, onde fiz uma pré-primaria até aos sete anos de idade. - O passar para a escola pública tem a ver com a educação paterna, pois os “meninos” da Cidade que iam para o ERO estudavam com elas até à 4ª Classe.. -A 1ª Escola Primária que frequento é junto à Policia de Trânsito, em frente ao portão Parque que dava acesso ao pinhal. Aqui, com o Professor Lalanda, fiz a 1ª e 2ª Classe. Recordo o professor como uma homem exigente que gostava que os seus alunos estivessem sempre prontos a responder à matéria dada mas nada amigo de dar castigos. - Umas Férias que não contava ter, por falecimento do Presidente da Republica (Marechal Carmona) e ver pintado numa parede o nome de Norton de Matos, são factos que hoje me dizem em que ano estava.
A 17 de Novembro de 1942 passou a ter mais um observador frequente. Da varanda da casa onde nasci, frente a ele, olhava-o sem ter conhecimento de que era um velho Chafariz e que jamais o iria esquecer. Olho para fotografia e as imagens que guardo da minha mais tenra juventude, até à idade escolar, esvoaçam por entre seres que dependem da água que jorra da sua bica e o ponto de encontro do alguém que aproveita aquele momento em que enche as vasilhas para falar da sua vida… Esta imagem que se perpétua na minha mente marca o meu conhecimento com a cidade onde nasci.
Após ter lido um artigo de Hermínio de Oliveira, publicado em Setembro de 2009 no Jornal das Caldas, para me esclarecer melhor sobre a origem do edifício como património histórico, o qual recomendo a leitura aos interessados na história da nossa Cidade. - Vou então tentar recordar alguns dos filmes que lá vi, desde já vos chamo a atenção que aqui comecei a ver a 7ª Arte. Sei que a primeira vez que lá entrei (que me recorde) não foi para ver cinema, mas sim o Orfeão Académico de Coimbra e o Orfeão do Liceu de Leiria, pela mão do meu pai, pois a minha idade seria uns 7 ou 8 anos.
«Desaparecido o fervor de uma monomania, falta uma ideia central para dar significado aos momentos interiores esparsos. Em suma, quanto mais o espírito está absorvido por um humor dominante, mais a paisagem interior se enriquece e varia. É preciso procurar uma só coisa, para encontrar muitas.»
Alexandra Kollontai, dirigente feminista da revolução socialista, escreveu sobre o fato e sobre o 8 de março. Diz ela: "O dia das trabalhadoras em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro, no antigo calendário) foi uma data memorável na história (...) A revolução de fevereiro começou nesse dia". O fato também é mencionado por Trotski, dirigente da revolução, na História da Revolução Russa. Trotski conta que o dia 23 de fevereiro (8 de março), era o Dia Internacional da Mulher.
O Homem e a Mulher
«O homem é a mais elevada das criaturas. A mulher, o mais sublime dos ideais. Deus fez para o homem um trono; para a mulher fez um altar. O trono exalta e o altar santifica. O homem é o cérebro; a mulher, o coração. O cérebro produz a luz; o coração produz amor. A luz fecunda; o amor ressuscita. O homem é o génio; a mulher é o anjo. O génio é imensurável; o anjo é indefenível; A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher é a virtude extrema; A glória promove a grandeza e a virtude, a divindade. O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência. A supremacia significa a força; a preferência representa o direito. O homem é forte pela razão; a mulher, invencível pelas lágrimas. A razão convence e as lágrimas comovem. O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher, de todos os martírios. O heroísmo enobrece e o martírio purifica. O homem pensa e a mulher sonha. Pensar é ter uma larva no cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola. O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta. Voar é dominar o espaço e cantar é conquistar a alma. Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu.»
A REVOLTA DA MARINHA GRANDE
-
Hoje vou contar uma pequena história que nesta altura do ano relembro
sempre.
Nos anos noventa fui à Marinha Grande, pois precisava de comprar umas
embalag...
OS ENCANTOS DO PARQUE
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O Parque foi e continua a ser um local de grande encanto, nas nossas horas
vagas era o refugio por excelência.
Sempre foi assim ao longo de várias geraçõe...
SAUDADES DE NÓS PRÓPRIOS
-
Este Verão encontrei por mero acaso um casal amigo que estavam acompanhados
por um outro casal , este de Santarém.
Estes amigos contaram-me que rarament...
em sentido
-
pouco custou deixar de escrever. Nada valia o que parece. Preguiças
figuronas. Porque hoje os telejornais põem o povo em sentido. Aos médicos
mandam emigra...
things of beauty
-
*There ought to be gardens for all months in the year,*
*in which, severally, things of beauty,*
*may be then in season.*
Sir Franci...
melancolias
-
Será que perdemos noção da importância de estar, simplesmente, tristes?
Depression may also be melancholy: it may be discouragement,
disappointment, abando...