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Caldas da Rainha - Passado Presente e Futuro

sábado, 2 de maio de 2009

Em busca da forma…













Eu, visto por Victor Palla

A Forma Justa

Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
— Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo•

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas

Bloger, comentador e colaborador!?...

- À noite, quando me deito, a fluência de recordações é de tal modo, que fico entre o levantar-me da cama e sentar-me ao computador a escrever ou fazer o exercício de desligar o Cérbero e tentar adormecer…
- Sei que a opção certa seria levantar-me da cama e escrever e não deixar fugir as recordações que estão vivas no momento…
Quando comecei a escrever, pareceu-me que seria fácil, com a fertilidade de memórias vividas, agarrar nelas e transpô-las para aqui. Mas ao recordar o meu passado, tenho consciência que a sociedade durante muitos anos me viu como um Playboy, dando uma imagem deturpada da que vivia na realidade, actuando isto, sem eu encontrar razão, no que tenho em mente escrever…
- È como se a realidade luz do dia, me parasse o recordar…
- Comentar é um acto de escrever de imediato, o que de repente surge escrito noutros blogues, tem o efeito de me desviar do que tinha em memória para escrever e coloca na minha mente noutro assunto. Mas tudo isto acaba por ser gratificante em mim, o João comentador, pode tirar proveito dos seus comentários pois por algumas vezes eles actuam como geradores de troca de modos pensar.
- Por outro lado posso manter um contexto de intervenção em que tudo o que aqui publico me está ligado mas com um sentido desconhecido para quem o lê, vê ou ouve. O Eu protagonista, pela sua explicação na psicologia de contactos, não se enquadra no meu modo de estar em sociedade, sinto que existe em mim mas qb, para que não o utilize em excesso.

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