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- Henri de Toulouse Lautrec -
“Conhece-te a ti mesmo!” — De que me há de servir? Se a mim me conhecesse, desatava a fugir. [...] Com isto confesso que a grande tarefa — Conhece-te a ti mesmo! —, que soa tão importante, sempre me pareceu suspeita, como um ardil de padres secretamente coligados que quisessem perturbar o homem por meio de exigências inatingíveis e desviá-lo da actividade no mundo externo para uma falsa contemplação interior. [... ] Cada novo objecto, bem observado, abre em nós um novo órgão. Do máximo proveito nesse sentido são, porém, os nossos semelhantes, que têm a vantagem de nos compararem com o mundo a partir de seu próprio ponto de vista, e por isso atingem um melhor conhecimento de nós que nós mesmos podemos alcançar.»
Johann Wolfgang von Goethe in "Parábolas, Sentenças, Provérbios"
Gilbert O' Sullivan Nothing Rhymed 1971
1 comentário:
Mas é exactamente nos outros que cada um se conhece a si mesmo. O lema é socrático; nada tem a ver com padres. Aliás, conhecer-se a si mesmo é o único conhecimento possível a cada um de nós.
Conhecer-se a si mesmo no mundo, nas relações com os outros, nos actos que nos vemos fazendo e a nós mesmos causam surpresa.
É o lema freudiano por excelência, da origem da Psicanálise. Devemos muito a esse lema.
Sou uma admiradora incondicional de Goethe, gosto de muitas das frases deste texto, mas não penso que constituam argumento sólido contra o carácter proveitoso do lema "Conhece-te a ti mesmo"!
Em cada um de nós mora a humanidade inteira!
- Isabel X -
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