Hat Man
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Esta foto foi finalista e acabou de ser premiada agora com uma medalha de
ouro no Paris International Street Photography Awards 2024 photo contest.
domingo, 22 de março de 2009
Sociedade Cooperativa Padaria do Povo - XADREZ – o meu desporto
Edificio da Sociedade Cooperativa Padaria do Povo
Em 1919, foi fundada, por António Ferreira de Macedo e Bento de Jesus Caraça, a Universidade Popular – começou por ocupar umas salas da Cooperativa A Padaria do Povo. Primeiro foram cedidas e, depois de 1924, passou a ser inquilina da Padaria
Placa de agradecimento ao fundador da Secção de Xadrez
De Jogador a Técnico e Árbitro Federado
O ver o meu pai e o meu avô a jogar Xadrez, cedo me levou a aprender o movimento das peças no Tabuleiro.
Depois, na Cave do Café Central, onde jogadores tais como, o Macela, o Dr. Asdrúbal de Aguiar, o Sr. Girão, etc., foram meus mestres na continuidade, aproveitaram o meu gosto por este desporto e muito me ensinaram.
O Xadrez, tem para mim um lema especial, quanto mais se pensa que se é bom jogador mais próximos estamos de ser derrotados… Mesmo estudando e pondo na prática o que se estuda, o número de probabilidades de dizer que sabemos é muito relativo, calculamos em determinado momento, os nossos lances possíveis e os do adversário, para tentar desvendar o nosso melhor movimento no tabuleiro de Xadrez e quantas vezes não é esse…
Colocando-me perante o que sei, digo-vos que continuo a estudar…
Logo após o 25 de Abril de 1974, a minha actividade politica nas bases de determinado partido, levou-me a pensar meios e modos de aproximação ao povo que não passassem pelo vulgar utilizado nessa época.
Morava eu em Campo de Ourique, precisamente na Rua Luís Derouet.
Sendo vizinho, da Sociedade Cooperativa Padaria do Povo, fiz-me sócio e comecei a frequentar as instalações.
A época era propícia a fazê-la reviver o que tinha sido:
“Bento de Jesus Caraça, talentoso matemático e professor universitário, desde muito cedo que se entregou ao ensino – com apenas 18 anos fez parte do conselho administrativo da Universidade Popular Portuguesa, instalada na Padaria do Povo, no bairro de Campo de Ourique (à Luis Derouet).
Não muito longe, na transversal Rua Coelho da Rocha, o poeta Fernando Pessoa, encostado a uma cómoda, escrevera sobre Caraça: “Ele era um camponês/Que andava preso em liberdade pela cidade”.
Nascida no princípio do século XX, em 1904, por proposta do Rei D. Carlos – os vestígios desta ligação com a realeza ainda hoje existem no relógio e no cofre oferecidos pelo monarca, em exposição no interior da casa –, a Padaria do Povo foi fundada para fabricar pão mais barato às freguesias de Santa Isabel e Campolide (Santo Condestável só seria fundada em 1959).
Mas também, paralelamente, para albergar um espírito vivo de crítica política e difusão cultural, marca da Cooperativa ao longo destes 102 anos.
Em 1919, foi fundada, por António Ferreira de Macedo e Bento de Jesus Caraça, a Universidade Popular – começou por ocupar umas salas da Cooperativa A Padaria do Povo. Primeiro foram cedidas e, depois de 1924, passou a ser inquilina da Padaria.”
Havia vontade dos Sócios mais antigos, mas era necessário mobilizar mais gente e principalmente a juventude. Tudo se conseguiu, a Biblioteca que estava encaixotada no sótão, (devido ao tempo da ditadura), voltou a funcionar, a prática do Ping-Pong (Federado). os bailes, um restaurante/bar e a abertura no rés do chão, onde era a padaria, de um mini/mercado, deu-lhe vida.
Aos serões lá ia encontrando quem jogasse Xadrez e não só matava o meu “vício”, mas a pouco e pouco chamando a atenção para a prática da modalidade. O Xadrez ainda era visto como desporto de elites culturais, havia que desmistificar essa visão, e nada melhor do que jogá-lo no bar da Cooperativa, onde o terreno era fértil e a proximidade das pessoas (principalmente da juventude) favorecia a divulgação e quebrava os mitos. Queriam aprender a jogar e a direcção da Cooperativa apoiava, já era uma etapa a meu favor.
A segunda etapa era dar forma a esse querer, passava por criar uma equipa e federá-la…
O dar forma passa por uma série, conhecimentos e burocracias, as quais como jogador federado sabia que tinha que enfrentar. Era o passar a técnico responsável de um Grupo de Xadrez e oficializá-lo perante Federação.
E de repente todas as necessidades do Grupo de Xadrez passam para mim: Tabuleiros de Xadrez oficiais, regulamentos de provas, cronómetros de jogo, material didáctico para formação de jogadores, etc…
A carolice junta com novas amizades que vamos cimentando ajuda-nos a passar a segunda etapa, e concluí-la.
A terceira etapa, perante todo o trabalho já efectuado é talvez a mais fácil, federar os jogadores, fazer o torneio interno e aceder ás provas da Associação Distrital de Xadrez.
A continuidade de todo este esforço passa pelo ensino/estudo de Xadrez como implícita motivação do mais saber para poder ganhar aos adversários.
Acompanhando todo o trabalho desta equipa, ganhámos campeonatos distritais e as ascendemos ao campeonato nacional de Xadrez, onde para uma jovem equipa, alcançámos bons resultados.
Poderia documentar o que escrevo com recortes de jornais, dos quais constam noticias sobre a actividade do Grupo de Xadrez da Sociedade Cooperativa Padaria do Povo, mas penso não ser necessário.
No convite me que foi dirigido para fundar a Secção de Xadrez da Associação Portugal – URSS, o qual aceitei, terei oportunidade de vos contar mais, desta minha passagem pelo mundo de Xadrezista
João Ramos Franco
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João Ramos Franco
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1 comentário:
Olá
Que saudades!!!
por onde andas?
joão Chaves
bold_man@hotmail.com
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