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Caldas da Rainha - Passado Presente e Futuro
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um ERO na Tropa e um Carnaval nos Pimpões

Em 1964 estava no Regimento de Infantaria 5 um Cabo Miliciano de nome João Ramos Franco


Sendo natural da cidade e estando de Sargento de Ronda à mesma no sexta-feira de Carnaval, não tinha muitas hipóteses de passar despercebido à hierarquia militar.

Vai daí, a única saída era o Bairro Além da Ponte, local que naquele tempo pouca malta da cidade frequentava e enfia-se com a Ronda no Baile dos Pimpões.
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Quando entrei, a malta não me reconheceu devido ao capacete militar, “torceram o nariz”, mas mal eu o tiro vem a festa: olha é João (o filho do Veterinário).
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Nesse tempo o Bar era logo à esquerda de quem entrava, eu assentei arraial logo aí, paguei uns copos aos Soldados que estavam de serviço comigo e disse:
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- Vão até à sala divertir-se, que fico aqui com estes amigos…
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- Nosso cabo Miliciano, as armas e o capacete? - perguntaram os Soldados.
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- Dêem cá isso, guarda-se atrás do balcão do Bar, estes amigos não se importam! -respondi eu, pedindo para me guardarem também a pistola.
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Dançaram-se meia-dúzia de músicas, beberam-se uns copos e ala para o quartel, que a última entrada era à 01h00…
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João Ramos Franco

C O M E N T Á R I O S no Blog do ERO
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Julinha disse...
Os dias vão passando e já lá vão 2 anos que conheci e comecei a contactar com o João R Franco. Sempre me pareceu uma boa pessoa...e vou confirmando isso mesmo, à medida que o tempo passa.
Naquela época, além de tentares festejar o Carnaval como te era possível, não esqueceste os soldados que te acompanhavam em serviço!
Quando comecei a ler, pensei....apanharam todos um castigo, esqueceram a hora de entrada. Enganei-me, o João, muito responsável, chegou a horas !E este Carnaval não vais aos Pimpões ? Que te divirtas....
Um abraço
Júlia
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Luís disse...
Os Pimpões eram realmente muito longe das Caldas, não eram? Lembro-me de lá ver pouca gente do E.R.O.
História engraçada e que mostra que a tropa nunca é para levar completamente a sério!!!
BOM CARNAVAL!
Luís
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Cachaça não é água

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval com Vinicius de Moraes




















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“Felicidade”

Felicidade
É o meu carnaval
Quanto toda essa luz e cor
E o amor é natural

Felicidade
É o samba que eu fiz
E que ouço feliz a cantar
Esse povo infeliz

Abre os teus braços
Vem brincar nos braços meus
Hoje é só no faz-de-conta
No carnaval não existe adeus

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“A felicidade”

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

Vinicius de Moraes in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"

samba do poeta - vai levando - tristeza (a felicidade)