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Caldas da Rainha - Passado Presente e Futuro
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sábado, 11 de julho de 2009

João Jales






















Um colega que morava no mesmo prédio que eu, e que devido à diferença de idade, só me tornei amigo, através do blogue dos Antigos Alunos do ERO.
Ao cita-lo neste Blogue, não quero esquecer um devido agradecimento ao amigo, que junto, com o João Serra, insistiram para que ele aparecesse.
Entre as múltiplas qualidades que nos tem mostrado, desde gestor do Blogue dos Antigos Alunos do ERO, a contador de histórias, há uma em que se destaca, a de comentador das nossas músicas, onde com as suas palavras de estudioso e coleccionador do vinil nos dá conhecer o que desconhecemos das musicas e canções de que nós gostamos.
João Ramos Franco

entrevista joão jales

sexta-feira, 27 de março de 2009

O Blog do ERO – e o depoimento MILA MARQUES

















A força da amizade que une gerações. É esta a imagem que eu retiro, após ter lido os todos comentários.

Ser Amigo
Quero ser teu amigo
Nem demais e nem de menos
Nem tão longe e nem tão perto
Na medida mais precisa que eu puder
Mas amar-te como próximo, sem medida,
E ficar sempre em tua vida
Da maneira mais discreta que eu souber
Sem tirar-te a liberdade
Sem jamais te sufocar
Sem forçar a tua vontade
Sem falar quando for a hora de calar
E sem calar quando for a hora de falar
Nem ausente nem presente por demais,
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo,
Mas confesso,
É tão difícil aprender,
Por isso, eu te peço paciência
Vou encher este teu rosto
De alegrias, lembranças!
Dê-me tempo
De acertar nossas distâncias !!!
Por: Fernando Pessoa

l'amitié: Françoise Hardy (fh blues 1966)

quinta-feira, 26 de março de 2009

o "espírito do Blog" ERO de que fala o João Serra

















GIL VICENTE Todo O Mundo e Ninguém
António José Lopes, Vasco Henriques, Professor J M Rosa Bruno, José João Caldas Lopes


Telefonou-me há pouco a Mila, grata e comovida pelos inúmeros comentários ao seu texto. Uma colega com setenta anos que se dispõe a escrever tudo isto merece ser incentivada.
É destas reacções, deste diálogo, que nasce o "espírito do Blog" de que fala o João Serra. Obrigado, mais uma vez, por contribuíres para esse espírito.
Abraço
JJ

Após ter lido todos os comentários ao texto da Mila e recebido este email do João Jales, o qual agradeço, ler e reflectir foi uma opção imediata…Seria que relendo algo que falasse de Consciência/mente, encontraria uma resposta?...

A obra de António Damásio é uma das minhas companheiras e O Sentimento de Si, é talvez onde mais gosto de encontrar resposta ao meu reflectir:

…….Neste pano de fundo a minha posição consiste em admitir que o problema da consciência existe, e que não foi ainda esclarecido; que pode ser dividido por partes; que pode haver consenso ou relação a estas partes;…..
……O termo a mente, tal como o utilizo neste livro, engloba operações conscientes e não conscientes. Refere-se a um processo e não a uma coisa. O que nós conhecemos por mente, com a ajuda da consciência, é um fluxo contínuo de padrões mentais, muitos dos quais acabam por estar logicamente inter-relacionados. O fluxo move-se para frente no tempo, depressa ou devagar, ordeira ou sobressaltadamente, e, em certas ocasiões, põe em movimento não apenas uma sequência mas várias. Por vezes, as sequências são concomitantes, por vezes convergentes, por vezes sobrepostas. O termo que costumo usar como sinónimo de padrões é imagens. ….
O Sentimento de Si – António Damásio – pág. 384 – Publicações Europa América

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O João Ramos Franco no ERO “Prédio do Crespo”


















Foi nos dois primeiros andares do “prédio do Crespo”, situado no nº 91 da R. Capitão Filipe de Sousa, no ano de1953/54 que começou a minha vida como estudante liceal. As aulas eram mistas (rapazes e raparigas).

Os Professores eram: Dr. Manuel Perpétua – Director (Português e História), Dr. Azevedo (Matemática, Geografia, Físico-Química e Ciências Naturais), Dra. Lídia Gomes (Ciências Naturais), Maestro Carlos Silva (Canto Coral), Escultor Macário Dinis (Desenho), Dra. Irene Trunninger Albuquerque (Francês, Inglês e Alemão), Dra. Lúcia (Francês), Padre Teodoro (Religião e Moral), Dr. Umbelino Torres (Latim) Dra. Alice Freitas (Português e Francês), Dra. Elvira Bento Monteiro (Grego), Dra. Deolinda (Histórico-Filosóficas), Dr.ª Margarida (Matemática) Capitão Hipólito (Ginástica), D. Dora (Lavores). Na secretaria estava a Dº Eulália e os contínuos eram o Sr. Madeira e a Sra. Albertina.

Falar destes professores é difícil devido ao ambiente existente. A Dra. Irene Trunninger Albuquerque, Maestro Carlos Silva (Canto Coral) e o Escultor Macário Dinis (Desenho) aproximavam-se mais de nós e tentavam compreender o nosso pensar de jovens. Mas todos restantes ou tinham atitudes agressivas (obrigando a aprender com medo) ou desligavam-se de nós após as aulas (faltando acompanhamento para nos tirarem dúvidas). Nas aulas havia uma distância Professor/Aluno, que dificultava o bem estar e o aprender, excepto com os três já citados .

Isto tornava a camaradagem entre alunos bastante mais forte, permitindo, no dia a dia, saber a disposição com que os Profs. estavam e o modo de nos comportarmos com eles.

O contínuo, o Sr. Madeira, merecia uma estátua, aturava-nos tudo, desde o mal estar provocado pelos Profs. às partidas que lhe pregávamos, as brincadeiras dos intervalos das aulas e até ser chamado ao Director (Dr. Perpétua) pelo que nós fazíamos sem nos acusar. Era um bom amigo.

O Recreio era no pátio do 1º andar (quando não chovia, quando chovia era na varanda do 2º andar), separado por uma corrente, metade para os rapazes e a outra para as raparigas, onde os divertimentos eram limitados pelo espaço (os jogos de bola eram proibidos, por que se podia partir os vidros das salas de aula) e também pela disciplina, qualquer aproximação à corrente para falar com uma colega era punida com suspensão.A convivência com as raparigas era na Zaira, no Jardim e no Casino, com as restrições que a época nos impunha.

O ambiente era tal dentro destas instalações do Colégio (ERO) nesta época, que levava a que nos reuníssemos na Tasca do Manuel (de já falei nos locais João Ramos Franco - “João Traga Balas”) ou atrás da Igreja para jogar à Bola.

João Ramos Franco

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Suas Exªs. Os Livros de um Estudante (ERO)




















Pois, suas Exªs. Os Livros de um Estudante (ERO)!...

Se permitem o devaneio de tratar os Livros como Personagens,
eu tentarei explicá-lo.
Passei tanto tempo da minha vida de estudante com eles sem ser obrigado a trata-los por Sr. Doutor, chamavam-se pelo nome da disciplina e estavam sempre ao meu dispor e não me impunham, testes, chamadas e horários, que só isto vale a homenagem que o estudante lhes presta.
- Que liberdade sentia junto aos Livros, nunca me ralharam, para eles estava sempre tudo bem, pegasse eu num e deixasse um outro de lado, não se aborreciam e esperavam calmamente que me apetecesse ir estudá-los.
- Pois é, eu sou livre de pegar nos livros, o de Físico-química, o de Geografia, os de Ciências-naturais não importam que leia os de História, os de Português e o de Francês, ou vice-versa, eles estão sempre à minha disposição.
- Os livros são belos, carinhosos, murmuram-me baixinho ao ouvido: lê-me, compreende-me e estuda-me se for necessário…
- Sua Exª. o Sr. Doutor é o contrário de tudo o que acabo de dizer...
- Viva a Liberdade, sua Exª. O Livro, desde que estude, nada impõe…
- Eu leio-vos a todos, estejam descansados. Digo eu…
João Ramos Franco

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O João Ramos Franco é o João (Traga Balas)
















João Ramos Franco 1960


A necessidade de voltar atrás, ver aquilo foi escrito e o que escrevi é necessária… e esclarecer a personagem do João (Traga Balas) que vos poderá aparecer, também…

Retirado do DEPOIMENTO DE JOSÉ CARLOS NOGUEIRA
Publicado no Blog do ERO.

3º- De repente temos 16 anos, somos envolvidos pelo Elvis e pelo Rock and Roll, e descobrimos que nos portávamos tal e qual como a juventude no “Sementes de Violência”….Fumávamos às escondidas dos nossos Pais, mas em frente das miúdas. Primeiro queimámos a barba de milho, depois caímos directamente no mata-ratos, evoluindo daí para a droga mais pura ao nosso alcance: os Definitivos, cigarros estreitos e já feitos, que tinham o condão de mascarar a nossa falta de jeito para enrolar cigarros. Descobrimos os bailes, no Casino no Verão, os assaltos no Carnaval efectuados a casas respeitadas, como a da D.Maria da Graça ou a casa do Toni Vieira Pereira, ou organizados por nós na Esplanada do Parque, onde se assistiram a cenas Shakespearianas de amores não correspondidos que levavam o herói a tentar suicidar-se, fechando-se no frigorífico enorme que havia no café. Era resgatado no último minuto pelo 112 da altura que era uma garrafa de bagaço (convenhamos o homem estava hipotérmico). Nos próprios dias de Carnaval havia bailes no Casino, no Lisbonense e, para os mais esclarecidos, nos Bombeiros.

Moda que perdurou pelos anos 50 até meados dos anos 60. Esta geração, que chegou com tanta facilidade aos anos 60, foi a mesma que chegou a Angola, Moçambique, Guiné, Timor, tendo levado para essas longínquas paragens os usos e costumes do Burgo Caldense: jogo do ringue, bilhar, poker, lerpa, montinho, sete e meio, etc. Levaram também amor, expresso nas coladeras e rebentas, e amizade profunda pelos nativos, estabelecendo novas regras de comércio que depois se veio a tornar naquilo que agora chamamos globalização: tirava-se dos armazéns da tropa e vendia-se às gentes necessitadas.

A história talvez seja melhor ficar por aqui, penso que dei um contributo generoso dos hábitos da minha juventude lembrando heróis inesquecíveis, Jorge, Tó, Tony, Asdrúbal, Abílio, Hélder, o inefável Rainho, Tinico, Artur Capristano, o Varela, o Figueiredo, o João (Traga-Balas), o João conhecido pelo João Pifão, o Honório Vaca Mansa, Cipriano o Caseiro, Morais Grandalhão, os craques Moura e Cardoso, Rui Importante, Rui Cospe Cospe, o Gang (Pedro, Xico, Samagaio e Pereirinha), o Quintas, o Lacrau, o Macela (campeão de Xadrez), o Rui da Cristina e tantos outros que não andaram no Colégio, mas foram compagnons de route de todas as personagens desta história. Por vontade própria omito os nomes das nossas colegas heroínas, pois passam por mim todos os dias na rua.
Bem hajam e lembrem-se do velho grito:

É jacaré? Não é.

É tubarão? Também não.

Então o que é? RAMALHO ORTIGÃO
.
José Carlos Nogueira


João Ramos Franco disse:
Quem era o João (Traga Balas)
O José Carlos Nogueira colocando-me entre “heróis”e companheiros do ERO, deu-vos a nossa época de estudantes e os locais que mais frequentávamos.
Locais que frequentava, para além dos mencionados pelo JCN.
Tascas: A mercearia do Manuel, (junto ao Colégio, ainda no tempo do Dr. Perpétua), Adega da Ginjinha, A Viúva (Cova da Onça) e O Caseta (estrada de Tornada;
Bar do Casino: O Barbeiro do Casino (garrafas Brandy L34, lá escondidas antes dos bailes;
Desporto: Caça aos Pardais à noite, Tarzan da Quinta da Boneca, as corridas loucas de bicicleta no Parque e os “combates” de barco no Lago;
Quartel do Parque: exploração das instalações abandonadas e tomada do Paiol para nosso centro de divertimento (nem queiram saber o que isto deu);
Foz do Arelho: Acampamentos no Gronho (as galinhas das moradias desapareciam).
E há mais, deixem-me recordar.
Mas o João (Traga Balas) ainda tem algumas aventuras a contar-vos, até o porquê do Traga Balas. Aos “heróis” do JCN mas também aos que estudaram no ERO e na Escola Comercial e Industrial por agora fiquem esta citação (desse tempo ficámos com isto):
"Aprendes que as verdadeiras amizades continuam a crescer o que importa não é o que tens na vida mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitem escolher. Aprendes que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos." William Shakespeare
Até breve, com uma aventura do Traga Balas
João Ramos Franco



A primeira história do João (Traga Balas)

Retirado do Os Locais do João Ramos Franco
Publicado no Blog do ERO

A Tasca/Mercearia do “Manuel”


A entrada para ERO -1953

Ao virar da esquina, vindo da rua do Café dos Capristanos, andando uns metros na Rua Capitão Filipe de Sousa, aí estava a Tasca do “Manuel”, ponto de referência para os rapazes que iam enfrentar o ERO no seu 1º ano de época de vida de estudante.

Nos 1º e 2º anos era espreitar e andar, se estivessem lá os mais velhos, que não nos deixavam entrar. Mas quando eles não estavam, entrávamos para comprar os rebuçados com os jogadores de bola. Eu tinha sorte, já me tinha saído uma bola quando andava na Escola da Praça do Peixe.

Nos primeiros anos éramos praxados pelos mais velhos. Eu gozava de uma certa protecção dos meus primos Calisto, Asdrúbal, Diamantino e Jorge, e do meu irmão Rui, a qual foi bastante útil para me salvar algumas praxes. Também tive ajuda dos Professores nesta primeira etapa.

Recordar todos os que entraram comigo é difícil mas aqui ficam alguns: João Calheiros, Samagaio, Adalberto, Edgar, João Gama, José Maria Sales, Pedro Albuquerque, José Saudade e Silva, os que faltam que me desculpem.

Já estava no 2º ano e, no Carnaval, nas escadas estreitas que ligavam o Pátio do Colégio à rua, era banho certo com a mangueira de água da Garagem Caldas. Ninguém escapava, pensámos nós, até vermos o Jorge Sales passar por cima da malta e aterrar com os pés no vidro da frente de um carro que vinha a passar. Ainda bem que este acidente não deu para o azar.

Muitas brincadeiras vi que me ficaram na memória. Talvez o saltar de guarda-chuva aberto (como se fosse pára-quedas) para o Pátio de cimento do recreio (2,5 /3m), e o frasco do ácido sulfídrico destapado (cheira a ovos podres) sejam as lembranças mais fortes. O cheiro do ácido era tão intenso que tiveram de mandar a malta toda para o recreio até o cheiro passar.

Passei no exame do 2º (em Leiria). Em Outubro e aí estava eu em mais uma etapa, o 3º Ano. Os mais velhos comemoravam a nossa entrada neste ciclo, dando-nos a regalia de poder acompanhar com eles. Significava vida mais aberta.

Para nós a Tasca do Manuel começava aqui, uma ginjinha ou um eduardinho e um cigarro era o baptismo de entrada no grupo dos mais velhos.

A partir de então era para lá que íamos quando tínhamos um intervalo mais prolongado, era o sítio onde combinávamos o que fazer depois das aulas.

Normalmente depois de beber e fumar o cigarrito, dizíamos para Manuel: “assenta aí, que depois pago”. E ele apontava na parede por debaixo do nome.

Um dia, antes de ir para férias, ouço um dos mais velhos pedir uma rodada para malta e depois dizer: “Manuel agora que vais estar sem nós, tens mais tempo, não te esqueças de caiar a parede”.

João Ramos Franco
(João Traga Balas)

Seis do ERO em Confraternização













Sentados: Luís (velho amigo de férias nas Caldas), Jorge Calisto e José Carlos Nogueira
De Pé: Tó Freitas, João Ramos Franco, José Lalanda e Fernando Figueiredo


A vida continua e nós unidos pela amizade fraterna que começou nos bancos da Escola. Muito gostaríamos de vos poder mostrar todos os de 1962 nesta fotografia, mas sabemos que isso não é possível, alguns já só estão presentes na nossa memória. Esquecia-me há mais um "personagem" das Caldas, o bolo...

João Ramos Franco

domingo, 25 de janeiro de 2009

Aventuras e desventuras de estudantes do ERO

De S. Pedro de Muel ás Caldas da Rainha

Isabel X deixou um novo comentário na sua mensagem "PERSONALIDADES (1)":
Espero que o João Ramos Franco conte as peripécias desses dois
dias no seu blog! É um desafio...

- Entrei para os Escuteiros quando estava no 1º ano do ERO.
- Manhã, portão para a Mata por trás da Igreja de Nossa Senhora Populo, estavam presentes os meus Pais, o Padre António Emílio. O Dr. Calheiros Viegas e a Papi (minha madrinha neste acto) e um grupo de Escuteiros, depois meia dúzia de palavras que tinha de dizer e que faziam parte do “ritual” lá passei a pertencer ao agrupamento. Desde já vos digo que no lenço em volta do pescoço só tive um nó, cada nó a mais era de bom comportamento e nunca contribui para tal.

- Verão de 1959, o Dr. Calheiros Viegas (muito satisfeito) comunica que nos seus contactos com os Eclaireurs de France, tinha conseguido que o nosso agrupamento de Escuteiros participasse num acampamento comum, de 6 dias, em S. Pedro de Muel. O nosso encontro estava marcado para o Parque das Caldas e depois seguíamos juntos para o destino.
Estava tudo a correr bem até à chegada dos Eclaireurs de France.
Do autocarro que os trazia pára frente ao Portão do Parque junto ao Casino, nós bem alinhados para os receber, começam a sair, e qual o nosso espanto, não eram eles, eram elas!...
- O acampamento iria ser muito melhor, mas o Código dos Escuteiros junto com a Religião e Moral, estavam em queda livre…
- Apesar da pancada na cabeça que os menos liberais tinham levado conseguimos comportar-nos como vem nos manuais e receber os amigos/as Franceses/as, apesar de nos terem cumprimentado naturalmente com um beijo, o qual não estávamos habituados… (já me esquecia, havia quatro homens que chefiavam o grupo)
- Os cumprimentos da “praxe” terminados e entrámos para o nosso autocarro, rumo a S. Pedro Muel.

- Acampamento montado, os dias iam decorrendo normalmente, eu, o Zé Maria Sales Henriques, o José Saudade e Silva e o Edgar, com atenção aos olhares e reacções das miúdas para com cada um de nós, íamos vendo se havia a possibilidade de um “flirt” …

- E não é que aconteceu mesmo… Durante o dia, era como se nada se passa-se entre nós e elas, não era bem por causa do Dr. Calheiros Viegas (ele fingia que não via), mas os chefes de grupo delas imponham-lhes a disciplina do manual dos Escuteiros com a Religião e Moral agarrada e qualquer “pé em ramo verde era um perigo”. Esperávamos pela noite, e após as canções em torno da fogueira e outros divertimentos em comum, os nossos corações saltavam e vagueavam pelo amor que só a juventude vê e percebe…

- Na última noite de acampamento, a separação ia criar feridas, (aquelas que os nossos amores de jovens deixam), naquele passeio final após o recolher, fomos até á praia, chorar as nossas mágoas de despedida…

- No regresso, madrugada alta, dá-se o descuido que levou a não regressarmos com o Dr. Calheiros Viegas, um pontapé na espia de uma barraca provoca o acordar do acampamento, a confusão instala-se e nós não tivemos outro recurso, senão fugirmos para não pôr em causa o bom nome das nossas amadas…

- Manhã seguinte não aparecemos, estávamos a “esquecer” o desgosto numa tasca da praia, quando reparámos nas horas, era tarde e o autocarro já tinha partido para Caldas.

- Nesse dia ainda conseguimos chegar á Nazaré, mas como não tínhamos dinheiro para a camioneta, esperámos junto ao posto da Policia de Viação, e de manhã lá conseguimos boleia numa camioneta levava peixe para as Caldas.

João Ramos Franco

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Os amigos da Escola (ERO)
















Na escola é onde começamos a aprender a ter a noção do companheirismo/amizade, é aqui que ele nasce da espontaneidade da juventude. Começa-se uma etapa da vida, que nos dá e aponta o conhecimento, como um rumo a seguir.


JANTAR DE ALUNOS DO ERO EM 1962

RESTAURANTE "CABANA" , S.MARTINHO DO PORTO EM 1962
.
1ª Fila sentados da esquerda para a direita:1ºJoão Ramos Franco, 2ºArtur Capristano, 3ºVasco Cunha(futuro cunhado do Artur) 4ºTó Freitas 5º Caldas Lopes 6º Carlos José Marques Henriques(CáZé), 7º Dr. Gama Rose, 8ºDr Luís Rosa Bruno 9º Dr. Fernando Fontinha, em frente o 10ºJoão Gama Lourenço 11ºAlvaro Duarte, 12ºAntónio Filipe Caetano Ferreira, 13ºJosé Augusto S. Silva, 14ºJoaquim Del Rio Nazareth, 15º João Calheiros Viegas;

1ª FILA EM PÉ:1º João Fialho, 2º Luís Manuel Saudade e Silva, 3º José Júlio (cunhado do Tony), 4ºRui Américo (cospe cospe), 5º Francisco Azevedo e Castro, 6º Néné, 7º Faustino Cunha, 8ºJoão Ribeiro Coelho (Bertolino), 9º Fernando Rainho(inclinado) 10º Adérito Amora, 11ºTó Marques, 12ºJosé Manuel Faria Saudade e Silva, 13ºJorge Calisto, 14º Fernando Figueiredo, 15º Asdrúbal Calisto, 16º Tony ( Vieira Pereira), 17º José Carlos Nogueira, 18º João César Gomes, 19 João Montez Varela;

2ª FILA EM PÉ:1º João José Veiga, 2ºAdalberto Capitaz Caldeira;
3ª FILA EM PÉ:1º João (Janica) Capristano, 2º António Ventura 3º Pedro Albuquerque.