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Caldas da Rainha - Passado Presente e Futuro
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sábado, 25 de junho de 2011

O Bom Senso como Suporte da Humanidade…

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Rodin - Burghers of Calais, 1889


«Se não tivesse havido em todos os tempos uma maioria de homens para fazer depender o seu orgulho, o seu dever, a sua virtude da disciplina do seu espírito, da sua «razão», dos amigos do «bom senso», para se sentirem feridos e humilhados pela menor fantasia, o menor excesso da imaginação, a humanidade já teria naufragado há muito tempo.
A loucura, o seu pior perigo, não deixou nunca, com efeito, de planar por cima dela, a loucura prestes a estalar... quer dizer a irrupção da lei do bom prazer em matéria de sentimento de sensações visuais ou auditivas, o direito de gozar com o jorro do espírito e de considerar como um prazer a irrisão humana. Não são a verdade, a certeza que estão nos antípodas do mundo dos insensatos; é a crença obrigatória e geral, é a exclusão do bom prazer no ajuizar. O maior trabalho dos homens foi até agora concordar sobre uma quantidade de coisas, e fazer uma lei desse acordo,... quer essas coisas fossem verdadeiras ou falsas. Foi a disciplina do espírito que preservou a humanidade,... mas os instintos que a combatem são ainda tão poderosos que em suma só se pode falar com pouca confiança no futuro da humanidade».

Friedrich Nietzsche in 'A Gaia Ciência'

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Fugir ao Desconhecido…

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Ulysses and the Sirens (1891) - John William Waterhouse


«Existe, frequentemente, em suma, uma espécie de humildade receosa, que, quando nos aflige, nos torna para sempre impróprios para as disciplinas do conhecimento. Porque, no momento em que o homem que a transporta descobre uma coisa que o choca, dá meia volta seja como for, e diz consigo: «Enganaste-te! Onde é que tinhas a cabeça? Isso não pode ser verdade!». De forma que em vez de examinar mais de perto e de ouvir com mais atenção, desata a fugir completamente aterrado, evita encontrar aquilo que o choca e procura esquecê-lo o mais depressa possível. Porque eis o que diz a sua lei: «Não quero dizer nada que contradiga a opinião corrente. Serei eu feito para descobrir novas verdades? Já há demasiadas antigas».»

Friedrich Nietzsche in 'A Gaia Ciência'

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