por Fernando Santa-Bárbara
Ao dar volta ao meu sotão (leia-se caixa dos pirolitos), lembrei-me de uma história passada aí há uns 50 anos, comigo, João Ramos Franco (João Traga Balas) e o Clóvis Remígio de Sousa.
Então foi assim (como agora se diz):
Estávamos, uma bela noite e devia ser numas férias, pois eu só cá vinha de férias, a pensar o que iríamos fazer!
Conversa para aqui, conversa para acolá, até que o João disse:
- " E se fôssemos dar uma volta no Anglia? " (O Anglia, era o carro do Pai - Dr. Ramos Franco, Médico-Veterinário em Caldas da Rainha).
Claro que ninguém tinha carta, mas dissémos logo que sim! Fomos direito à garagem, que servia também de consultório, buscar o Anglia.
Onde vamos, onde não vamos e lá fomos até Óbidos! Durante a viagem não houve qualquer problema. Chegados a Óbidos entrámos e fomos direitos ao Largo da Igreja de Santa Maria que, salvo erro, tinha umas escadas em vez de rampa.
Aqui, eu e Clóvis saímos do carro, para o João mostrar os seus dotes de condutor! Arranca para a frente e resolve fazer de seguida marcha atrás, esquecendo-se que estava um "senhor plátano" nas suas traseiras! E zás, traulitada no plátano e pára-choques metido para dentro!
Claro que nós dois partimo-nos a rir a ver a cena e a imaginar o momento em que o Dr. Ramos Franco visse o carro!
Acabaram-se as habilidades e regressámos às Caldas. Depois foi só meter o carro na garagem mas de maneira que, quando o Pai entrasse, não desse com os estragos. E assim lá entrou de marcha atrás,o que não era habitual, pois o Pai metia-o sempre de frente!
Para acabar a noite o João Traga Balas, ainda tentou endireitar o pára-choques com o cabo de uma vassoura a fazer de alavanca. Claro está que aquele se partiu e o bom do João bateu com os "costados" no chão!
Imaginem esta cena e o que nós nos rímos!
João, desculpa lá dar a conhecer esta História da Nossa Vida, mas nunca soube como foi o final, isto é, o que se passou a seguir?
Com um abraço
Fernando Santa-Bárbara
C O M E N T Á R I O S
João Ramos Franco respondeu:
A seguir a tu ires para casa, eu e o Clóvis (aluno da Escola Comercial), fomos até ao Marinto beber mais umas cervejas e jogar bilhar… sempre com ele a gozar comigo, cada vez que pegava no taco para dar uma carambola, ele dizia: vai mais uma volta do raly…
Esta e outras aventuras do João Traga-Balas, (João Ramos Franco) serão contadas, mas como não foram só vividas por mim, coloca-se o "conto eu, contas tu" e parece-me que dar a palavra aos amigos que também as viveram torna-as mais interessantes.
Obrigado, Fernando Santa-Bárbara!
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J J disse...
Este episódio, relatado pelo Fernando Santa-Bárbara, vem mostrar que diversas gerações de caldenses desviaram os carros familiares de forma a alargarem os seus horizontes e o seu campo de acção.
Uns mais discretamente do que outros...
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Julinha disse:
Se Óbidos "falasse" quantas estórias dos meninos do ERO teria para contar! Girissimos estes textos que nos contam estas aventuras.
Obrigada
Júlia R
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São Caixinha disse:
Divertidissimo...gostei muito!! ;))
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Isabel Esse disse...
Já repararam que nunca há raparigas convidadas para participar nestas aventuras? Porque será?
À parte isso a história é divertida, embora o João Ramos Franco não tenha respondido completamente à pergunta do escritor sobre o que se passou a seguir!IS
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Dalila Garcia disse:
Gostei do comentário da Isabel Esse, que até agora não teve resposta! :-)
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João Ramos Franco respondeu:
A Julinha disse que se Óbidos "falasse" quantas estórias dos meninos do ERO teria para contar! A resposta à Isabel Esse penso que está nas palavras da Julinha!?...
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M Rosário Pimentel disse:
O plátano no local errado e à hora errada e não teriamos mais uma estória divertida, por cujo final ficamos a aguardar com curiosidade...
MRosário Pimentel
Santa-Bárbara disse...
Para responder à Isabel Esse, que não tenho o prazer de conhecer, só lhe quero dizer, que se as raparigas não faziam parte destas aventuras, a culpa não era nossa!
Já pensaram, quais eram os Pais que nos finais dos anos 50, as deixavam sair à noite, a não ser para irem ao Casino? Pois é, nós bem gostávamos de as ter como companheiras...
Bem, o João já contou o resto da estória!
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João Ramos Franco disse...
Eu fugi a falar como o meu Pai enfrentou o assunto, mas se vos disser que ele não passou dos conselhos paternais, uma reprimenda verbal e no horário de chegada à noite a casa é a realidade. No meu blogue conto um pouco das minhas relações paternas, se forem ler vêm que tudo se passava como conto.
Quanto ao assunto da polícia, limitava-se a alertar os nossos pais e nada mais fazia… épocas!!!
Um abraço amigo
João Ramos Franco
Roberto Carlos - O Calhambeque
sábado, 30 de janeiro de 2010
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3 comentários:
Este episódio, relatado pelo Fernando Santa-Bárbara, vem mostrar que diversas gerações de caldenses desviaram os carros familiares de forma a alargarem os seus horizontes e o seu campo de acção.
Uns mais discretamente do que outros...
Já repararam que nunca há raparigas convidadas para participar nestas aventuras?Porque será?
A história é divertida,embora o João Ramos Franco ainda não tenha contado o que se passou a seguir!IS
Para responder à Isabel Esse, que não tenho o prazer de conhecer,só lhe quero dizer, que se as raparigas não faziam parte destas aventuras, a culpa não era nossa!
Já pensaram, quais eram os Pais que nos finais dos anos 50, as deixavam sair à noite, a não ser para irem ao Casino? Pois é, nós bem gostávamos de as ter como companheiras...
Bem, o João já contou o resto da estória!
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