segunda-feira, 9 de março de 2009
A busca da Verdade e do Conhecimento...
A busca da Verdade e do Conhecimento mantém-se, em mim, tão viva como em 1960, quando li este livro…
……Sabem que verdade é árdua, frágil, que, tal como o Deus de Chestov, nos arriscamos a perdê-la quando a julgamos possuir.
Sabem que não pode ser abordada sem se ser dominado, que ela não é de forma alguma o que contenta ou o que alivia, que nunca está onde se grita – como dizia Vinci – e quase nunca onde se fala…
- Amor de O que é, e apenas porque Isso é!
Amor, e não simples curiosidade, embora Simone Weil nos queira negar direito de amar a verdade científica com o pretexto de nela não nenhum bem para o coração do homem.
- Nenhum bem? Primeiro isso não é certo. O maior de todos, Einstein inclinava-se com uma religiosa veneração perante a harmonia altamente racional das leis da natureza. Outros, é certo, não caracterizar «O que é», parecendo-lhes que qualquer qualitativo é uma limitação e quase uma blasfémia. Porque eles pensam que «O que é» ultrapassa toda a linguagem humana e que há mais sentido, grandeza e poesia neste simples verbo que nos mais majestosos epítetos. No que, de resto, se encontram com um poeta, pois não foi a adorável Katherine Mansfield quem disse: «A verdade é a única coisa digna de ser possuída, pois é mais emocionante que o amor»? …..
Texto retirado de: Pode-se Modificar o Homem? – Jean Rostand – pág. 108 e 109 – Publicações Europa – América 1957
Publicada por
João Ramos Franco
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