domingo, 8 de março de 2009
Os Bailes e as músicas do meu tempo
Valsa Danúbio Azul - Baile na corte de Avilion
Valzer -danubio blù
Como não era “pé de chumbo”, dançar relativamente bem dava-me um certo à-vontade nos bailes.
A malta mais velha, Tony Vieira Pereira e outros dessa geração, colocavam-me muitas vezes desafios, tais como: na valsa ou no passo-doble, rodar seguidamente para o mesmo lado até a rapariga ficar com a cabeça tonta e cair.
Escusado será dizer que isto só resultava com as meninas incautas, veraneantes, que não sabiam da malandrice.
Aposta daqui, aposta dali, mais um wisky-saloio, esperava-se que o conjunto toca-se uma destas músicas e lá ia o João.
Começava a dançar rodopiando no salão sempre no mesmo sentido, aquilo até era agradável de ver, quando sentia que a rapariga estava no “ponto”, soltava-a como se fosse fazer um passo artístico e agarrar-lhe a mão novamente, só que o resultado era eu já não encontrar a mão, por ela ter caído no salão.
Parava a música para socorrer a menina…
Eu fazia uma cara de admirado com o que se estava a passar e pedia desculpa…
Depois dirigia-me ao bar e era recebido em apoteose, já com mais um copo ganho na aposta.
Éramos uns “malandros”, mas se alguma das nossas colegas, até por quererem mostrar que eram fortes, nos desafiava, tínhamos cuidado para que nada de isto acontecesse.
A verdade seja dita, havia colegas nossas que suportavam e não caíam, e quem tinha de começar a dar as voltas contrário éramos nós, porque já estávamos tontos…
João Ramos Franco
Publicada por
João Ramos Franco
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário