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Caldas da Rainha - Passado Presente e Futuro

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Eu Luiz Pacheco e Fernando Saldanha da Gama














O Saldanha da Gama que nos aparece no Grupo do Café Gelo faz a sua emigração natural para o Café Monte Carlo tal como o resto do grupo.

Sendo um dos jovens do grupo e necessitado de emprego, consegue, lugar nas Bibliotecas Itinerantes da Gulbenkian, tendo sido colocado na zona do Montijo como responsável da mesma.
A sua existência como intelectual passa, por menções no Site da Gulbenkian não mostrando no entanto algo da sua obra.
O que sei, foi me contado pelo Luiz Pacheco, o Saldanha nunca passou de um experimental, perdido entre a pintura, a poesia e a prosa, não nos deixando uma obra completa, numa destas áreas.
Do que escreveu, tenho no meu arquivo este recorte de jornal que vos mostro.

O Luiz Pacheco tinha-nos dito que tinha desaparecido o Álvaro Santos, (mais conhecido por Cabeça de Vaca). Eu e o Saldanha da Gama procuramos, descobrimos e escrevemos sobre ele.

Fernando Saldanha da Gama, neste artigo, retrata um cidadão do mundo, “lisboeta”, que vagueia por entre os intelectuais.

Eu escrevo uma pequena rábula ao assunto:

Na recepção do Hotel do Duque gera-se confusão!...
Telefone, cartas, pessoas… O Sr. Álvaro Santos, está?
“O Saldanha da Gama, reaparece, o que muito nos apraz, faz a “crónica” e os manos gostam da lição de “Savoir Vivre” que ele nos mostra.”
- O Sr. Álvaro Santos está? Insisto eu.
- Está mas não atende.
A realidade salta-nos à vista, o Álvaro pensa, não gosta da multidão, fecha-se, não a quer, não lhe interessa, ele é só…

O Saldanha tenta abrir a concha, o Pacheco também tentou e eu tento e tal como eles deparo com o inesperado…

- O Álvaro é o Álvaro.
O real e o metafísico encontram-se, nós só sabemos o que ele faz…
- E o que pensa?
- Será esse o seu elixir? …

João Ramos Franco

1 comentário:

Peace disse...

Adorei constatar que algo, embora pouco, fora escrito ao sujeito do mau pai Fernando De Gois Saldanha da Gama. Foi um boémio e escritor embora detestasse publicar seja o que for dos seus escritos: "nao ha nada mais a escrever, tudo ja foi escrito", disse-me ele um dia. Embora, consegui recolher varios textos em prosa e poesia que um dia publicarei posthume.

O filho,

Pedro Alexandre Magalhaes De Saldanha da Gama